quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Como você tá?

Postado por Gabi Fonseca. às 11:22 0 comentários
Ele me perguntou como foi meu dia e sem que eu percebesse eu já estava segurando o choro. Nada de diferente tinha acontecido, não foi um dia ruim, eu apenas percebi que ninguém me perguntava como foi meu dia há tempos.
A distância sempre foi meu abrigo, nossa relação se modificou com o tempo. Lembra quando eu sempre dizia que te amava? Ainda te amo, isso nunca vai mudar mas já entendi que você vai me machucar, mesmo sem querer, mesmo querendo meu bem.
Algumas coisas eu apenas vou aceitar.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Descaso.

Postado por Gabi Fonseca. às 16:03 0 comentários
O problema é que eu nunca te falo com estou me sentindo e você vê isso como descaso.
Todas as vezes que eu me afastei foi porque eu precisava de ar, você achou que eu estava fugindo.
A minha indiferença é meu meio de sobreviver, todas as minhas lágrimas foram escondidas, nunca quis que aquelas poucas gotas se transformassem em tempestade na sua frente.
Me ver assim te machucaria, eu só tentei te proteger, mesmo que no final, a única ferida fui eu.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Poor little man

Postado por Gabi Fonseca. às 17:47 0 comentários
Ele fazia favores em busca de afeto e se frustrava quando as pessoas não correspondiam as suas expectativas. Gritava com aqueles que lhe queriam bem e flertava com o vazio de estar sozinho em uma cidade nova.
Mudou toda sua vida em busca de amor e acabou perdido em meio a poeira, ele tentava escalar os muros da sua nova realidade mas atingia o chão diariamente.
Usava sua mão direita para apoiar seu amor enquanto sua mão esquerda tremia tentando fugir. Com um olhar triste, memórias o mantinham acordados a noite toda.
Escolheu acreditar que fazia um grande favor em estar ali, mas no fundo sabia que não sentiriam a sua falta.
Foram meses nesse pesadelo, até que um dia ele reencontrou o seu lugar, sua nova família lhe acolheu todos estavam orgulhosos dele.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Let it be

Postado por Gabi Fonseca. às 00:18 0 comentários
Como as ondas de um rádio ela tentava a sintonia com os outros, cada segundo ia se distorcendo em busca da posição perfeita. Uma boa música era tudo o que ela queria, mas os constantes chiados de sua mente eram impossíveis de silenciar.
Cada movimento do seu corpo culminava em uma nova sensação, tão bizarramente nova que ela, até agora, não consegue entender se foi capaz de encontrar a real conexão ou foi apenas um toque rápido, intenso e abrupto.
Adrenalina correndo nas veias.
Coração batendo ao som da música.
Um sorriso de cumplicidade.
Suor se misturando com suas lágrimas.
Palavras cruéis demais pra serem deixadas pra trás.
Tudo fez parte daquelas noites, tudo fez parte da sua luta.
Mas até que ponto vale a pena lutar?



quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Inclinada

Postado por Gabi Fonseca. às 23:14 0 comentários
Me sentindo torta, com o peso de mil montanhas sobre meus ombros
Me sentindo com sorte, com a vontade de voar ecoando do meu coração
E com tudo isso, meu corpo espiraliza
Mudando a direção, mudando a razão, bagunçando meus sentidos

A balança que deveria me guiar pende para o outro lado
Eu estava ganhando, eu era o modelo
Agora estou lá embaixo
E não sei como agir

Continuo ligando para suas palavras
Continuo acreditando nos seus votos
Lembra quando você me prometeu o mundo?
Lembra quando você disse que nada iria te impedir de te-lo
Nem mesmo eu, nem mesmo o peso de suas promessas

Digo que tomei minha decisão
Ensaio como te enfrentar
E, como um redemoinho, você vem
Conduzindo meus passos, encurtando meus anseios
Libertando meus desejos

E, bem desse jeito, me inclino de novo pra você:

Eu quero tentar outra vez.



segunda-feira, 8 de julho de 2019

Fósforos, linhas e sentimentos

Postado por Gabi Fonseca. às 08:55 0 comentários
Sentada no chão do meu quarto, eu uso as chamas de um fósforo para concertar os erros que ela cometeu, lembra que eu te disse que isso ia acontecer mas você apenas me ignorou? Essa foi a primeira vez, mas não a última.
O calor do fogo era tudo que eu precisava nessa noite fria, porém eu estou anestesiada com minhas descobertas e o trabalho de queimar linha por linha virou apenas mecênico, a chama está menos quente e meu coração mais gelado.
Lembra quando você me fez promessas? E eu sacrifiquei tudo por você, meses, horas, lágrimas, dor...  eu bebia suas palavras como quem tem sede em una tarde de verão, eu lutava pra continuar, eu aprendi a amar todas as nuances daquilo que você me apresentava e, por muito tempo, eu realmente achei que você fazia o que era melhor pra gente.
Só que o encanto acabou. Acabou depois de eu perceber que eu sempre tinha que te lembrar de como eu estava ali. Acabou quando você coloca outros interesses na frente dos meus. Acabou quando eu passei horas me dedicando a você e ao final, tudo o que eu fiz foi em vão. Descobri suas pequenas mentiras, reparei nos seus descuidos e entendi que algo precisa ser diferente.
Nós ainda vamos continuar juntos, mas a partir de agora eu sei o quanto eu posso me entregar, sei que quando você me promete algo isso será esquecido em semanas, sei que ao seus olhos eu nunca vou ser boa o suficiente e que só amor nunca irá bastar e da próxima vez, porque eu sei que haverá uma próxima, eu vou lutar tão forte pelo o que eu acredito que talvez você não me reconheça, mas no fundo eu sempre fui assim, apenas parei de me doar a quem nunca soube me entender.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Sobre assumir riscos.

Postado por Gabi Fonseca. às 07:02 0 comentários

"Foque em um ponto, abra os braços e tome um impulso"
Depois de ouvir essas palavras eu respirei fundo e repetia para mim mesma que dessa vez eu não iria cair. Foi apenas um deslize, eu não me machuquei e de pronto apareceram pessoas para me ajudar, eu também  entendo que o segredo é manter o controle até aquele ponto exato onde você precisa deixar acontecer porém só de pensar nesse momento meu coração acelera.
Então, com um mantra mental de que tudo vai dar certo, eu tentei novamente, não foi perfeito mas eu não fui ao chão dessa vez.
Na terceira vez, foi mais simples manter o equilíbrio, mais fácil manter a confiança.
Após repetir por muito tempo não estou do jeito que em queria, sem erros, sem receios, contudo estou melhor do que estaria se nunca tivesse tentado, melhor do que eu era no começo.
Tudo isso aconteceu durante uma aula de dança na qual eu aprendia a dar piruetas mas tenho a impressão de reviver essa cena a cada tomada de decisão e ao final de tudo perceber que nada é simples, nada vem com sorte e apenas na milésima tentativa as coisas começam a ficam mais fáceis. Ter controle é importante mas aprender a se permitir é necessário.
 

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